O câncer de pulmão é o câncer mais comum em todo o mundo, com aproximadamente 1,8 milhão de novos casos diagnosticados anualmente.

A exposição à fumaça do tabaco é a causa mais comum do câncer de pulmão. Apenas 15% dos pacientes de câncer de pulmão são não fumantes, e nestes casos, a doença pode ser decorrente de fatores genéticos, exposição ao gás radônio, poluição e tabagismo passivo. O câncer de pulmão apresenta uma alta mortalidade, levando a aproximadamente 1,6 milhão de mortes/ano em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2016, somente no Brasil, foram estimados

28.220 novos casos de câncer de pulmão), colocando essa neoplasia como a 4a mais frequente na população geral (ambos os sexos)1,2.

Essa patologia é subdividida de acordo com a histologia apresentada pelo tecido tumoral. A classificação histológica chamada de “não pequenas células” (CPNPC) representa aproximadamente 85 a 90% de todos os casos de câncer de pulmão. Nesta classificação, existem basicamente dois subtipos: células escamosas (SQ) constituindo aproximadamente 25 a 30% de todos os casos de CPNPC no mundo e o subtipo de células não escamosas (NSQ) representando aproximadamente 70 a 75%3-5.

Inicialmente, o câncer de pulmão era classificado com base apenas em suas características histológicas. No entanto, a descoberta de múltiplos mecanismos moleculares subjacentes ao desenvolvimento, à evolução e ao prognóstico do câncer de pulmão, adicionou sub-classificações moleculares a estes tumores. Os constantes avanços científicos, na área de genética e imunologia de tumores, vêm criando oportunidades para o desenvolvimento de novas formas de tratamento, capazes de impactar de maneira significativa a sobrevida dos pacientes.

Referências Bibliográficas

  1. Ferlay J et al.; International Agency for Research on Cancer. GLOBOCAN 2012 v1.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC CancerBase No. 11. globocan.iarc.fr. Acessado em Julho de 2017.
  2. Ministério da Saúde. Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil – Rio de Janeiro: INCA, 2015
  3. Perez-Moreno P et al. Clin Cancer Res. 2012; 18:2443-2451C.
  4. Travis WD. Clin Chest Med. 2011; 32:669-92.
  1. Herbst RS et al. N Engl J Med. 2008; 359(13):1367-1380.